Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Nem sei o que diga,nem sei o que faça....





Numa primeira apreciação,muito mais me invade o choque por aquilo que está a acontecer à Naval 1º de Maio da Figueira da Foz,e pela experiencia que tenho,e nesta matéria de Futebol de Formação,muito trabalho e pericia vai ser preciso para motivar os jovens atletas da Naval a enfrentar a decepção,de não jogar nos palcos que eles com tanto mérito conquistaram.
Acredito,e até porque já sinto a força de vontade e convicção,a crescer pela voz de quem neste momento difícil vai dando a cara pelo sonho de voltar a erguer o clube,e de que assim a unidade e a solidariedade prevalecerão,e todos "os novos remadores" voltarão a avistar os sonhos que os levarão à vitória com um novo regresso aos mais altos patamares do futebol jovem.
Quanto à história da Naval,para muita tristeza minha,vai tombando de forma arrepiante,queiram ou não assumir que o mérito de resistir é uma coisa,e o de ver interrompido um trilho de honra,é outra completamente diferente.
Por estar envolvido em várias "frentes de guerra",desde a defesa do local onde conquisto o meu sustento,até à conservação dos valores que corporizo como pessoa,não consigo arriscar muito mais na minha atenção interventiva para com um clube,onde eu criei a culpa pelo que não tenho hoje,mas vivi alegrias que nunca me largaram,e de certo também jamais me largarão.
Terei assim pouca moral,e é verdade,eu sou passado,para que nestes tempos complicados do clube,possa erguer qualquer tipo de críticas para com quem se propõe naquilo que é feito com menos palavras,e mais ação.e não lhe sobra tempo para quase respirar.
No entanto,apelava para que os rancorosos e cínicos da vida,estejam eles de que lado estiverem,não tentem tirar partido do rombo em que a Naval se vê agora,para queimarem e perseguirem pessoalmente quem não merece,e ao invés,tenham objetivamente a coragem de apontar os dedos aos bois a quem fizeram festas em outros tempos,e com eles tiveram grandes interesses nas suas vidas,virando-lhe as costas agora,ainda que merecidamente,mas injusto no timing moral,se é que sabem o que isso é...
Ouve mil e uma Assembleias Gerais do Clube,e nunca por lá apareceram,abanaram ossos ao lado de alguns mencionados por eles como grandes Navalistas,e agora expõem-se como os puros da salvação,deixo assim,e apenas aqui um eco de uma história,onde os traidores que proporcionaram este triste desenlace verde e branco de hoje,também só pensavam em si,apertavam tanto a Naval no abraço,que a esmagaram por esquecimento do amor que espalhavam em letras.
A Naval,volta agora a precisar,de quem a ame,e espalhe esse amor desde ao mais rico,ao mais pobre,do mais intelectual,ao mais iletrado,do mais Navalista convicto ,ao que lhe queira seguir o caminho,numa junção de esforços para que haja ânimo para apagar as lágrimas de um final,que mais não seja que um ponto e virgula,que quem sabe,volte a fazer sorrir os Figueirenses,e quem verdadeiramente é Navalista.
Quanto ao resto,estou que nem posso,e só quem me conhece,sabe o que um momento certo para mim é imperioso para fazer valer a verdade,e denunciar os mentirosos,pois foi assim que o fiz em Assembleias Gerais da Naval,onde escroques manietados me tentavam calar pela antevisão endiabrada de um desfecho que se veio a confirmar.
Prefiro morrer,a silenciar-me com a hipocrisia.


Viva a Naval 1º de Maio da Figueira da Foz.