Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 9 de janeiro de 2016

História de um "reduto do Povo"...,



A construção do Mercado Municipal Eng.º Silva Guimarães, entre 1889 e 1892, veio responder às necessidades impostas pelo desenvolvimento portuário, comercial, industrial, e social (com o crescente afluxo de veraneantes), que se fizeram sentir no último quartel do século XIX (BORGES, 1991, p. 8). 

Na realidade, esta centúria ficou marcada, na Figueira da Foz, por uma conjuntura de expansão populacional, com fortes reflexos urbanísticos. Um dos mais significativos foi a construção do Bairro Novo de Santa Catarina, que organizou toda uma área da cidade, e cuja iniciativa se deve à Companhia Edificadora Figueirense, fundada em 1861 por Francisco Maria Pereira da Silva, que havia vindo para a Figueira da Foz com o objectivo de desenhar a carta hidrográfica do porto, a fim de se proceder ao assoreamento da barra (GAMBINI, IPPAR/DRC, Processo de Classificação, 2002). 

Foi exactamente no aterro criado por este assoreamento que se ergueu o novo mercado, cuja designação é uma homenagem da cidade ao engenheiro responsável por tão importantes obras. O início do processo de construção do mercado teve lugar em 1889: na sessão camarária de 5 de Junho debateu-se a questão e em Agosto já se encontrava disponibilizado o montante para as fundações do edifício (IDEM). 



O imóvel foi inaugurado em 24 de Junho de 1892, e a concessão cedida primeiro a Guilherme Mesquita e, logo depois, à Companhia Progresso Figueirense, que a conservou durante 85 anos. Em 1977 a exploração do Mercado passou para a competência da Câmara Municipal.
A sério?