Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 7 de abril de 2015

Futebol de formação,entre o que somos na vida,e o que podemos ganhar sem saber...

O "futebol natura",tem por força dos escroques materialistas que o invadiram por presunção ou frieza de factos,perdido na destreza espontânea com que se alicerça o deambular do sonho,aquele que nasce com as emoções precipitadas no momento,e oferece a quem se expõe,gestos(relíquias)reconhecidos por quem sente e ama um desafio nascido na rua,onde a maior vitória,está na captação "a olho vivo" de uma empatia que não dispensa os virtuosismos do treino,mas muito mais do que isso,preserva a essência do jogo. 

Hoje,vislumbro sorrindo triste,por principalmente na "formação de jogadores" assistir a construções de "super equipas" que apenas defendem as suas balizas para não sofrerem golos,e onde se esquece o arrepio da diferença entre a "matemática do ser",e a "liberdade da alma".
Entre os novos treinadores e dirigentes,lá se vão amontoando preocupantemente os "doutores e engenheiros do futebol",que se apaixonam principalmente pelos seus umbigos,e se convencem mesmo,que depois,nada mais do que um "empresário de papelão" para colmatar as frustrações que estes,e os seus respetivos meninos,não preencham na falta do brilho artístico que os distinga entre quem por lá pode passar,e quem por lá pode semear o seu encanto...
Ser-se uma boa equipa no equilibro das ações dentro das quatro linhas,é o fruto de um trabalho pensado,que se deve erguer numa pirâmide onde não se ignore "quem se esconde",e se incentive quem pode dar muito mais,pois no futebol como na vida,se em criança não se desfrutar da "alegria"(pedagogia) de viver entre as conquistas e as derrotas,não é no pico da escada que lhe vão dar essa oportunidade.
Assim,vou vendo por aí grandes promessas a crescer pouco,e o Futebol a perder muito.
Custódio Cruz