Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 16 de novembro de 2013

Páginas em branco...


Passam-se os dias e pouco ou nada muda,
olho à minha volta e apago os sentimentos,
ignoro as emoções e repudio as palavras,
esqueço o passado e coloco de parte as ilusões...
Opto pelos passos previsíveis,
ainda que sendo meus nunca tanto se deveriam repetir,
fixo um caminho convicto mas longe de quem o possa completar,
por uma raiva feita de uma revolta que teima em não acabar...
O mal até poderei ser eu,
mesmo que não o entenda pelo tanto que nunca o criou,
emaranhado e perdido no inferno das contradições,
suplico à vida o impulso que me volte a fazer sorrir...
Estados de espírito,
que se prolongam para além da nossa vontade,
desafios cruéis impostos pela fraqueza do mundo...
Por aqui vou,
por ali ando,
no anseio de me reencontrar,
perseguindo o brilho de uma luz que outras "páginas" consiga ilustrar...

Custódio Cruz