Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira catorze,até podiam só faltar seis...

Miguel Adão,Cabedelo - Pedro Cruz

O "Cabedelo" já é estrela que brilha pelo mundo,
cada vez que amanhece para a vida ilumina cintilante um recanto similar a uma sala de espectáculos,
por ali se estende um "palco" de emoções infinitas,
daquelas que se levam para casa e se desejam que nunca mais tenham fim...
Em seu seio se abraça o silêncio,
se aconchega a voz da alma,
se soltam os "assobios" prevaricadores dos "lençóis" que se estendem aos olhos de quem os queira desafiar...
Se assim o era,
assim Miguel Adão o fez,
se assim o quis,
assim Pedro Cruz o seguiu...

O meio sempre molda a personalidade de cada um,e para o Pedro Cruz,acredito que estar muito tempo longe do mar é um destino improvável,ou pelo desejo viciado de sentir os compassos das ondas,ou na dependência sublime de se isolar do "resto do mundo" na procura das "ilusões" que ele quer à viva força que o deixem de ser...
Para os 20 Olhares,20 Autores,no Mercado da Figueira,elegeu como seu,aquilo que também é de mais alguém,num  verdadeiro "momento de magia",atirou-se e voou na acrobacia do Miguel Adão,focou aquele "ponto luminoso" na órbita do seu contentamento,mas engenhoso e atento,trouxe até nós o esplendor soberbo da Serra da Boa Viagem,"coloriu" de azul aquilo que nunca o deixou de o ser,fez pontificar  uma "espuma feita de raiva"que enobrece aquele mar do Cabedelo,e lhe faz evidenciar a verdadeira face,do tal "palco" que qualquer um gostaria de pisar e sair bem sucedido.
A "plateia",é feita de areia fina,e o "balcão",de um paredão alongado onde a projecção do sol lhe dá a cor de um contraste de uma tarde calma mas também vivida intensamente...
Antes de cair "o pano" escuro da noite,cheias e compactas,engelhadas e envoltas de brilhos  hipnotizantes e sedutores, lá estão elas bem visíveis,uma após uma,sem que nunca o Pedro Cruz deixe de as comparar na escolha daquela que depois levará para casa.
Mais um registo de sonho,onde a Figueira numa só foto abraça a força e o encanto daquilo que nos pertence...
Cinco estrelas,caro Pedro Agostinho da Cruz.

Custódio Cruz