Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira três,só já faltam 17...

Mais uma escapadela ao primeiro andar da "Sala de visitas da Figueira da Foz",entre o ir e o chegar,medi os passos no entusiasmo de voltar a ter o prazer de olhar os olhares dos outros,de saciar curiosidades só identificáveis muito depois de lá chegar,porque é lá que estão "as descrições dos momentos",é lá que recuamos a par com o autor nas emoções passadas, e que só depois serão interpretadas à nossa maneira, numa liberdade própria,e que nos pertence por direito,e se ainda cada um tem a sua própria sensibilidade e valoração "das coisas",mal está em quem expõe,se não se identifica mesmo em nada com aquilo que resulta do olhar de quem quis saber,nem mesmo até na surpresa,que afinal de contas por isso mesmo foi "algo" que lhe escapou,e nem agora o consegue ou tem humildade para viver...
"Pá grave"...
a vida é feita dessas contradições,
e é por isso que esta "tem muita graça"...

Acelerando o ritmo como em um motor endiabrado,é absoluta a verdade e convicção de que em outros tempos a "velocidade da máquina" seria de certo menor do que a de agora,mas a "impressionante" realidade temporal de cada momento,marca a subjectividade da qualidade de vida vivida por cada ser no seu próprio tempo.
"Figueira no passado e Futuro",a Torre do Relógio ainda lá continua,o horizonte permanece rectilíneo e delimitando a capacidade de sonho com que cada um se pode aventurar,o "deserto da claridade" espreita triste e cabisbaixo na sua imensidão perdida de um areal sem fim,a evolução dá-nos uma cabine telefónica para comunicar,e apenas isso, aquele "coração gelado" esconde a vergonha de quem não acautela o bem de todos,o posto de correios oferece os selos de uma "solidão ainda mais fria no tu cá tu lá"...
Bem,podia ser pior...
Duas máquinas,duas realidades distintas,a mesma marca com linhas a identificar o seu próprio tempo,juntar ou ter a oportunidade de as ver juntas,foi com toda a certeza o "click" que fez disparar o olhar de Cintia Sofia,o título que lhe deu,antevê tanto de crítico como de promissor,deixa no ar o incentivo das razões que possam recordar o passado e desenhar o futuro,mas pergunto eu : 
Caminhando para melhor?
Pois que assim seja,como "o principal brilho" foi a presença dos dois irmãos,o muito que sobra fica à consideração de quem o queira reflectir...
Na verdade,Cintia,nem sei se tenha saudade,ou se me entusiasme pelo futuro,não sei se quero voar nos sonhos da adrenalina,ou aproveitar um ritmo com pausas mais pensadas,eles são os dois amarelos,mas marcam o tempo a que pertencem,e mais do que tudo completam-se na sequência da história que os criou.
Por mim,aqui fica uma reflexão que,não sei bem se foi a que a Cintia me propôs...
O certo,é que "quase" sempre um "caçador de momentos" não deixava de captar a oportunidade que agora nos trouxe,Parabéns Cintia Sofia...


CNC